Opiniões interessantes sobre temas não tão interessantes.

quarta-feira, junho 30, 2004

Era uma guia oh faz favor!

Recentemente tirei a carta de condução. Foi giro. Para um adolescente, ou “adulto-com-rodinhas” como eu gosto de me ver, é sempre excitante quando me tratam como um homem feito. E a lição mais valiosa que eu aprendi foi: A Burocracia é tramada!
O exame de código não passa de um jogo de azar, o de condução é virtualmente impossível de chumbar a menos que se atropele uma criança (a cima dos 18 eles são benevolentes...já se viveu o suficiente para fazer alguma asneira que mereça levar com um carro em cima). Agora o verdadeiro teste vem com a chegada da guia.
O tempo que eles demoram leva a crer que é algo extremamente complexo. Mas não é. É um papel com meia duzia de dados que são pedidos nos mais frívolos questionários e mesmo assim demora quase 1 mês a chegar.
Porque é que eles não dizem a verdade. As nossas informações são levadas por um paquete de bicicleta até ao Tibete, onde monges escribas cortam árvores para poder fazer o papel da guia, enquanto outros misturam terra com água para fazer as tintas necessárias para um monge poder pintar a base da guia. Depois é levada para um monge que coloca os nossos dados numa letra desenhada como os ensinamentos de Buda mandam. Depois vai para outro monge que traduz de tibetano para português e quando a guia está completa é mandada num paquete a cavalo que a leva até a uma piquena vila já ao pé de Kuala Lumpur, onde é despachada para Lisboa em pombo correio.
Agora sim. Faz todo o sentido. Se formos a ver três semanas até que não é muito. Três semanas e 2 dias é mais.

terça-feira, junho 29, 2004

Fotógrafo de Lingerie

Todos nós temos trabalhos de sonho. O meu é ser fotógrafo de lingerie. A sério, quantos homens conseguem dizer numa festa de Natal “O que eu faço? Ah, tiro fotografias a mulheres semi-nuas!” sem dar um ataque de coração aos familiares mais idosos. O avô dá uma palmada nas costas enquanto diz “Ah valente. Vai-te a elas!” e a avó conta histórias de quando era “pin-up”.
Vamos desdobrar este emprego. Ora portanto, eu sou pago o que é logo um bom começo; tiro fotografias a mulheres em roupa interior e não sou considerado rebarbardo; durante horas posso dizer a desconhecidas “Olha abre mais as pernas e depois quero que coloques o rabo de forma ameaçadora contra aquela parede está bem?” sem levar com gás pimenta ou sem ter que explicar as autoridades o meu comportamento; sempre que vou trabalhar sei que vou ver seios e rabos (E agora os mais atentos dizem, “Olha também os ginecologistas!”. É verdade mas lembrem-se, a vossa mãe vai ao ginecologista mas não entra em catálogos de lingerie.) e por fim...bem depois do argumento seios e rabos acho que não preciso de arranjar mais argumentos.

segunda-feira, junho 28, 2004

Passaros e mãos

Mais vale um pássaro na mão que dois a voar? Alguma vez tiveram um pássaro na mão? Eu já. Preferia que ele tivesse a voar com um amigo. O cheiro ainda não passou.

Beijos no cinema

Vamos ser sinceros. Todos nós já estivemos naquela situação no cinema, onde há um beijo no filme e beijamos a rapariga com quem estamos. (Se for rapariga e beijou a rapariga com quem estava, gostaria de saber se há imagens do beijo e se seria possível mandar para o meu e-mail. Prometo não espalhar. Muito.)
Ora, donde raio vem aquele impulso? É rídiculo. Não há nada em comum. “Ora ali está um gajo qualquer a beijar a Charlize Theron. Epá como é que eu me fui esquecer de beijar a rapariga com quem vim ao cinema! Não é tarde nem é cedo.” Eu falo por mim. Nunca fui ao cinema com uma rapariga parecida com a Charlize Theron.

Agora a sério. A cena do beijo é parva.

Será que é um impulso animal reprimido de competição. “Agora é que eu te vou mostrar como elas mordem, actor extremamente bem pago e com uma vida sexual estupidamente activa! Vou beijar aqui esta que tenho aqui ao lado que tu até te vais roer de inveja!” Isso é parvinho meus amigos. Eles não vos conseguem ver. E mesmo que vissem o cinema está escuro e por isso não dava para entender muito bem.

Mas mais problemático é o facto de ser ela a beijar. Ela não está a pensar em mim. Está a pensar no outro camafeu da tela. Ela está a violar os meus lábios. Eu não sou um pedaço de carne. Eu tenho sentimentos! (Bem, tenho pelo menos grande parte dos dias!)

E a pior das situações é ir a um cinema com um casal. Não chega o facto de estarmos lá sozinhos, como quando chega o beijo no filme, a actriz que nós procuramos fotos na Internet para “aliviar o stress” estar a ser beijada e ainda temos que levar com os preliminares dos amigos. Proponho um aviso de 5 minutos antes dos beijos, para quem está sozinho poder saír da sala antes, ir urinar, comprar outra garrafita de água, ir apanhar ar ou esticar as pernas. E claro que nesses 5 minutos não haveria grande desenvolvimento na historia. Apenas beijos e sexo desenfreado. Agora que penso nisso acho que muitos rebarbados sem capacidades sociais pagavam o bilhete so por causa desses 5 minutos. Eu falo por mim. Ou melhor. Por um amigo que eu tenho. O...Tobias. Sim. O Tobias.

domingo, junho 27, 2004

Ora aí está um nome curioso hein...

Acho que uma boa maneira de começar um blog é explicar a génese do seu nome. Mas também não vão por mim, pois imbecil, idiota e o já gasto parvo, são alguns dos mimos que ouço quando dou algumas opinões. Mas mesmo assim vou avançar destemido qual Dom Quixote com o objectivo de explicar o “Sei o Alheio”.
Vamos ser sinceros. Ninguém vem à Internet com outro propósito para além de ver pornografia de borla. Quem nunca procurou no Google “Septuagenárias + Puro Lusitano”? (Caso nunca tenha procurado...bem...eu também não procurei.)
O nome do blog surge com o objectivo muito pouco nobre de aparecer cada vez que um adolescente procura a expressão “seio” numa tentativa de satisfazer necessidades hormonais. Sim, é verdade. Sou um “media whore”. Processem-me. Não a sério! Podemos combinar qualquer coisa na Comarca de Lisboa.
Assim pode ser dito que o meu objectivo é espalhar o “Sei o Alheio” por todo o mundo. E vamos ser sinceros. É uma ideia agradável. Eu acho que é. Mas também sabem como eu sou. E daí talvez não visto não me conhecerem de lado nenhum.